Fundo DEMA faz rodada de sensibilização para lideranças Quilombolas do nordeste Paraense
Lideranças quilombolas de Santa Maria do Par |
Lideranças quilombolas da regional nordeste Parense, participaram de uma rodada de sensibilização sobre as oriegens do Fundo DEMA e elaboração de projetos. A oficina aconteceu no início de janeiro em Santa Luzia do Pará.
As oficinas do Fundo DEMA/Fase, voltadas para o público Quilombola, tem o objetivo não só de divulgar as chamadas públicas e de assessorar na elaboração de projetos como acontece nas outras oficinas de projetos do Fundo DEMA. Angela Paiva, que é uma das educadoras do Fundo explica que esses momentos também são destinados a sensibilização das lideranças, “ falamos com eles sobre o significado do Fundo DEMA, como esse fundo se tornou uma conquista sócio ambiental dos movimentos sociais e debatemos sobre noções de justiça ambiental e Justiça climática justamente para construir coletivamente o aprendizado sobre as tematicas.”
As oficinas duram e média 3 dias e para contribuir neste processo, o Fundo DEMA preferiu montar uma equipe multi-disciplinar, para perceberem melhor a realidade das comunidades e auxiliar nas construção dos projetos. A equpe é formada por uma engenheira agronoma, uma biologa com experiência com manejo florestal, e uma socióloga.
A equipe do Fundo DEMA tem o compromisso, com as comunidades, de acompanhar todas as etapas de elaboração dos projetos, até o momento da entrega da versão final. “O objetivo do Fundo DEMA/FASE é assessorar as comunidades quilombolas na elaboração dos projetos, mas não simplesmente elaborar um projeto, mas perceber o significado e a relação que este projeto tem com a questão da justiça ambiental e climática, perceber que a parceria Fundo DEMA/FASE e Fundo Amazônia é uma conquista, uma luta pela garantia da justiça ambiental e climática.” Acrescentou Angela Paiva.
Para a Agronoma, mestra em agricultura Familiar, Thiara Fernades, o roteiro dos projetos refletem a realidade das comunidades quilombolas. “ A ideia é fazer o projeto pensando no problema que há na comunidades deles e como podemos resolver isso. Entre pensar o problema e pensar na solução do problema, é que está o projeto. Depois agente vai pensando na justificativa, no objetivo geral, nos especificoa até chegar lá no cronograma de atividades e no orçamento.”
A elaboração dos projetos, é um processo de construção coletiva e surgiram coisas muito boas, como, “ as propostas de recuperação de areas degradadas, de recuperação de mata ciliar, inclusive a ideia da produção de uma horta organica gerou debate entre as lideranças, se estava realmente dentro do tema que o Fundo DEMA apoia. Mas na verdade o tema principal deste projeto foi o fortalecimento da comunidade, o agregamento de valor a produção e troca entre os Quilombolas, por que a orta coletiva seria um ponto em comum que melhoraria a alimentação e a qualidade de vida da comunidade.” Foi o que observou Nilza Miranda, que é Bióloga e técnica florestal e integrate da equipe multi-disciplinar que ministras as oficinas de elaboração de projetos do Fundo DEMA.
As 23 lidernças quilombolas que participaram da Oficina em Santa Luzia do Pará, fazem parte de 9 comunidades Quilombolas, dentre estas, 7 já são certificadas junto a Fundação Cultural Palmares.