Belém sedia Conferência sobre Financeirização da Natureza
Por Élida Galvão
No período de 24 a 27 de agosto, Belém receberá militantes de diversas organizações da América Latina para participar da Conferência Latino Americana sobre Financeirização da Natureza, organizada pela Fundação Henrich Böll Stiftung Brasil (HBS) em conjunto com outras organizações e movimentos sociais que atuam na causa ambiental, entre elas, a Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (FASE) e o Fundo Dema.
O encontro irá pautar o contexto econômico relacionado à questão ambiental, ou seja, o objetivo é discutir os malefícios que o sistema capitalista e sua ‘economia verde’ impõe sobre a natureza em nível global, como a possessão de terras, o avanço do monocultivo, o mercado de carbono e a imposição de projetos REDD, por exemplo, que violam direitos das comunidades tradicionais e ameaçam seus territórios. Desta forma, a Conferência visa fortalecer as articulações na luta contra a mercantilização da natureza para garantir a sobrevivência dos povos da floresta.
A programação será iniciada com três caravanas, direcionadas a localidades com comunidades impactadas por experiências onde a natureza tem se transformado em moeda de troca para grandes negócios lucrativos, entre elas, Abaetetuba e Igarapé-miri, Barcarena e região, além de Concórdia do Pará, Acará e São Domingos do Capim. Ao retornarem da ação de vivência, os participantes partirão para os debates e articulações em Belém. No último dia de encontro (27) haverá debate aberto ao público na Universidade Federal do Pará.
As reflexões sobre tema podem ser acompanhadas no primeiro boletim da conferência, disponível em português e espanhol. Confirma também a entrevista de Maureen Santos, da HBS sobre a Conferência, além do vídeo “A Nova Casa da Moeda”, ambos produzidos pela Rádio Mundo Real.
Veja também:
Primeiro programa de rádio da Conferência sobre Financeirização da Natureza é lançado
Publicações da FASE:
Quem ganha e quem perde com o REDD e Pagamento por Serviços Ambientais?
Visões alternativas ao Pagamento por Serviços Ambientais – Caderno 2