Colegiado de Acompanhamento de projetos é implantado no PAE Lago Grande
Nos dias 08 e 09 de junho de 2019, a comunidade Murui, localizada no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande, em Santarém (PA), recebeu o ?Encontro de Implantação do Colegiado de Acompanhamento do Projeto Amazônia Agroecológica?.
Realizado pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), em parceria com o Fundo Amazônia, o Projeto Amazônia Agroecológica contempla ações para fortalecer a agricultura familiar no território por meio da implantação e/ou enriquecimento de sistemas produtivos agroecológicos, como sistemas agroflorestais, produção de hortaliças, criação de galinha caipira, viveiro de produção de mudas entre outras práticas de manejo.
O encontro reuniu 13 lideranças agroextrativistas, representantes de 13 comunidades que vão receber assessoria e acompanhamento técnico para o desenvolvimento das iniciativas agroecológicas, entre elas: Retiro, São Mariano, Trairá III, São Geraldo, Bom Jardim, Terra Preta dos Vianas, Castanhalzinho, Maranhãozinho, Maranhão, Cabeceira do Ouro, São Francisco, Curi e Engenho.
A atividade viabilizou a implantação de um Colegiado de Acompanhamento do projeto, composto por quatro organizações parceiras. Além da FASE se somam Federação das Associações de Moradores e Comunidades do Assentamento Agroextrativista da Gleba Lago Grande (FEAGLE), Grupo Mãe Terra e Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR-STM), e ainda seis lideranças de comunidades beneficiárias do projeto.
Colegiado
O colegiado é um espaço participativo de diálogo entre os beneficiários do Projeto Amazônia Agroecológica e organizações parceiras, e tem como objetivo acompanhar, monitorar e avaliar conjuntamente todas as fases de execução do projeto no PAE Lago Grande, por meio de reuniões periódicas nas áreas de atuação, garantindo participação e controle social.
Como resultado desta articulação em torno do Colegiado de Acompanhamento, foram constituídas três comissões comunitárias, sendo duas na área do Alto Lago e uma no Alto Arapiuns, no PAE lago Grande, que se integrará com o coletivo de entidades para planejar, monitorar e avaliar, por meio de reuniões periódicas, todas as fases de execução do projeto.
Segundo Marlene Sarmento, moradora da comunidade Cabeceira do Ouro, o colegiado ?é uma ferramenta estratégica para execução do projeto, pois os agricultores terão vez e voz junto com as entidades para planejar, acompanhar e avaliar todas as ações durante a execução do projeto, motivando, verificando, avaliando os trabalhos de cada agricultor e assumindo a responsabilidade de informações e reuniões nas comunidades?.
Considerando o PAE um território bastante vulnerável à questão da exploração madeireira, pesca predatória, grilagem de terra e mais recentemente à mineração, a agroecologia torna-se uma estratégia de resistência para permanência e garantia de direitos às famílias no território. Além disso, ações como essa, de implementação de Colegiado de Acompanhamento, vêm fortalecer a agricultura familiar, garantir a segurança alimentar, a produção e a comercialização dos produtos.