Apoio às comunidades quilombolas do Pará na quarentena do coronavírus
Diante da quarentena provocada pelo Coronavírus, nós comunidades quilombolas de quatro municípios do Pará estamos isoladas, sem apoio do poder público e sem condições de trabalhar e vender nossos produtos. Para enfrentarmos esta crise que afeta nossa capacidade de nos manter de forma autônoma, criamos um Comitê Quilombola para nos organizarmos e conseguirmos o apoio às comunidades para os próximos dois meses, através da compra de cestas básicas, com alimentos e itens de higiene.
O que são as comunidades quilombolas?
São comunidades negras rurais formadas por descendentes de africanos escravizados, que vivem, na sua maioria, da agricultura familiar, em terras próprias, doadas, compradas ou ocupadas há bastante tempo. Mantemos fortes relações com o território utilizando da terra e seus recursos para a resistência e propagação de nossa cultura, modo de vida e ancestralidade.
Quem somos?
Somos homens, mulheres e crianças de 5 comunidades quilombolas no estado do Pará, nossa renda é oriunda principalmente da produção rural e estamos impossibilitados de continuar nossas atividades neste momento de isolamento social, não podendo comercializar nossos produtos e nem comprar itens básicos que necessitamos nos município mais próximos. Estamos seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) evitando o deslocamento para, principalmente, proteger a vida de nossos Griôs (Anciãos) que são numerosos e fundamentais em nossas comunidades.
Somos muitos, somente nestes municípios do Estado do Pará que a campanha pretende alcançar há mais de 70 comunidades quilombolas, com mais de 8.000 famílias que dependem das atividades agrícolas para existirem. As comunidades que mobilizam esta campanha estão localizadas em diferentes municípios do estado do Pará e juntas reúnem mais de 900 famílias. São elas:
No Nordeste Paraense:
África (130 famílias, em Abaetetuba)
Burajuba (300 famílias, em Barcarena)
Moju-miri (70 famílias, em Moju)
Piratuba (350 famílias, em Abaetetuba).
Na Ilha do Marajó:
Pau-furado (70 famílias, em Salvaterra)
As organizações mobilizadoras também apoiam as ações de prevenção nas demais comunidades das regionais da Malungu.
Nosso Comitê Quilombola é formado por lideranças quilombolas das comunidades apoiadas. Fazem parte: José Carlos Galiza (Quilombo Guajará, do município de Acará), Raimundo Magno Nascimento (Quilombo África, do município de Mojú) e Valéria Carneiro (Quilombo Pau-Furado, do município de Salvaterra)
Como apoiar?
Faça sua doação na nossa Vaquinha virtual através de:
Cartão de crédito
Boleto bancário
Paypal
Transferência de pontos de programas de fidelidade
(Programas Parceiros: Livelo, Esfera, Dotz e Banrisul. Veja aqui como converter e apoiar).
Para agradecer o seu apoio criamos cotas com diferentes faixas de contribuição e formas de agradecimento.
R$30,00 a R$4.999,00
Ficaremos felizes em lhe enviar um email de agradecimento em nome de todas as famílias beneficiadas com a sua colaboração.
R$5.000,00 a R$19.999,00
Ficaremos felizes em lhe enviar um email de agradecimento em nome de todas as famílias beneficiadas com a sua colaboração, além de disponibilizar um cartão digital de agradecimento que poderá ser compartilhado nas suas redes sociais (pessoais ou institucionais),
A partir de R$20.000,00
Cota empresarial
Contribuindo com este valor sua empresa recebe nossos agradecimentos e um certificado de organização apoiadora, com seu reconhecimento como apoiadora nas comunicações da iniciativa campanha.
Como os valores arrecadados serão utilizados?
O valor integral (descontado o custo desta plataforma de doações) será repassado integralmente a cada uma das comunidades quilombolas, de acordo com as decisões do Comitê Quilombola. Este valor poderá ser repassado na forma de dinheiro, para aquisição de mantimentos no mercado local, ou na forma de cestas básicas, conforme cada caso.
Gestão dos recursos
A gestão de recursos da campanha está sendo realizada pelo Instituto Peabiru, apoiador da campanha, que irá publicar relatórios das movimentações para máxima transparência, através dos websites do Instituto Peabiru e da Equipe de Conservação da Amazônia – ECAM.
http://peabiru.org.br
http://ecam.org.br
Recompensas
Sabemos que campanhas de financiamento coletivo costumam ter recompensas físicas para quem colabora como contrapartida. As recompensas têm custos com produção e com frete para entrega. Por isso, nesse momento crítico, iremos agradecer os apoiadores com recompensas virtuais (e-mails de agradecimento, cartão para redes sociais) e direcionar esses valores para fazer chegar mais cestas básicas nas comunidades quilombolas apoiadas.
Realização
A campanha é uma realização das comunidades quilombolas abaixo listadas e conta com o apoio da Malungu, Instituto Peabiru e Equipe de Conservação da Amazônia.
África (Abaetetuba)
Burajuba (Barcarena/PA)
Moju-miri (município de Moju/PA)
Piratuba (em Abaetetuba/PA),
Pau-furado (Salvaterra, Ilha do Marajó/PA).
Contatos Comitê Quilombola
Raimundo Magno Cardoso Nascimento
rm_mojuense@yahoo.com.br
(91) 992115822
José Carlos do Nascimento Galiza
galiza.malungu@gmail.com
(91) 998147603
Valéria Carneiro
valquilombola@gmail.com
(91) 98472-5819
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