FASE/Fundo Dema realiza oficina de diagnóstico no Baixo Tocantins
Por Silvia Giese¹
| A oficina contou com mais de cinquenta participantes de nove comunidades.
No último sábado (18) aconteceu a primeira Oficina de Diagnóstico realizada pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)/Fundo Dema às famílias residentes no território atingido pelo desastre do navio Haidar. A atividade ocorreu na comunidade Ilha do Capim, em Barcarena, com objetivo de construir um diagnóstico participativo sobre a realidade social, econômica e territorial das comunidades presentes no espaço.
Mais de 50 pessoas, vindas das comunidades Ilha do Capim, Tauerá de Beja, Praia de Beja, Beja, Tauerazinho de Beja, Pirocaba, Caripetuba, Xingu e Jarumã, estiveram reunidas no barracão da comunidade. A capacitação foi uma parceria com pesquisadores do Grupo de Estudo Sociedade, Território e Resistência na Amazônia (Gesterra), da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A oficina de diagnóstico passou pelo processo de reflexão sobre o papel da Amazônia, especialmente do Pará, dentro da lógica econômica nacional e internacional, destacando os desafios atuais para as comunidades do Baixo Tocantins, como Abaetetuba e Barcarena. Além desta, outras quatro oficinas serão realizadas no território.
Termo de Cooperação Técnica
As oficinas de diagnóstico constituem a primeira etapa do processo de indenização coletiva, em referência ao naufrágio do Haidar, ocorrido no porto de Vila do Conde, no rio Pará, em 2015. A ação foi aprovada em plano de trabalho dos órgãos que assinaram o Termo de Cooperação Técnica – entre os quais: Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Procuradoria Geral do estado (PGE), Defensoria Pública do Estado (DPE), Defensoria Pública da União (DPU) e Prefeitura Municipal de Barcarena (PMB) .Nesta etapa serão realizadas quatro oficinas em volta de Abaetetuba e Barcarena –, para a construção das linhas de apoio aos projetos coletivos que serão apresentados no edital público.
Para a Coordenadora Adjunta do Fundo Dema, Simy Corrêa, o diagnóstico é uma das etapas metodológicas para a construção das linhas de apoio aos projetos coletivos comunitários, que serão apresentadas no edital público. “As comunidades e localidades presentes debateram e apontaram seus desafios e ações coletivas para fortalecer suas formas de viver, resistir e em defesa dos seus territórios, o que iluminará as linhas de apoio do Fundo Dema na região”.
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¹ Estagiária de comunicação
Revisão: Élida Galvão