Mulheres do Baixo Tocantins se mobilizam para o 8M

Marcha pela vida das mulheres e dos territórios, Bolsonaro nunca mais!

Por Fernanda Damasceno

Mais um 8 de março se aproxima e com ele as mulheres de todo o mundo começam a se movimentar para lembrar que esse continua sendo um dia de luta e não de comemoração. Na região do Baixo Tocantins, no Pará, centenas de mulheres das cidades de Barcarena, Abaetetuba, Igarapé Miri, Cametá, Moju, Mocajuba e Tomé Açu, juntamente com organizações comunitárias quilombolas, agroextrativistas, sindicalistas, mulheres do campo e da cidade   estão mobilizadas para garantir um ato político na data, realizando desde fevereiro plenárias e oficinas de preparação. Dentre as organizações que estão construindo ativamente o ato, estão a FASE, o Fundo Dema, a Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CUT), o Movimento de Mulheres do Campo e Cidade (MMCC), a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Agricultoras do Estado do Pará (FETAGRI) e o mandato da Vereadora Madalena de Abaetetuba (PSOL). 

“Essas plenárias são no intuito de dialogar com as mulheres sobre as razões de ir para a luta, então nessas plenárias a gente tem conversado sobre a ofensiva dos grandes projetos do capital na vida das mulheres e do povo como um todo, a gente tem dialogado sobre a violência contra a mulher.   A cada dia mais a gente tem vivenciado um estado de guerra contra a vida das mulheres”, relatou Beatriz Luz, que é educadora na Fase/Fundo Dema e também uma das organizadoras do ato. 

E muitos são os motivos de luta das mulheres. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Segup), somente no primeiro semestre do ano passado houve um aumento de 12% no número de casos de violência doméstica registrados no Pará, totalizando mais de 6.700 casos. A pandemia e o isolamento, dentro do cenário político que vivemos atualmente, ajudaram a agravar ainda mais a situação das mulheres. 

Quem também está ajudando na organização das plenárias de mobilização é Madalena Silva, vereadora na cidade de Abaetetuba pelo PSOL. “Essa grande marcha que está juntando forças de mulheres incríveis com muita potência que sentem desejo de mudar e estão inconformadas com as discriminações com as violências sofridas pelas nossas, são mulheres que não aguentam mais, estão saturadas diante de tantas desigualdades”. Ela conta que além das plenárias, foi realizada também uma oficina de batuque e confecção de faixas para serem utilizadas no ato –“as mulheres vão aprender a fazer instrumentos de batidas para que a gente possa vibrar, para que a gente possa levar música no sentido de alegria, no sentido de luta, no sentido de força principalmente.”

Para o evento são esperadas cerca de 400 mulheres, e a concentração ocorrerá às 07:30h no Monumento em Homenagem a Jerônimo Rodrigues (trevo de entrada para a cidade de Igarapé Miri), na Rodovia Estadual – PA 252, respeitando os protocolos de segurança e prevenção contra o COVID-19, com distribuição máscaras e álcool em gel. 

Serviço:

DATA: Dia 08 de Março

HORA: 07:30h

LOCAL: Monumento em Homenagem a Jerônimo Rodrigues (trevo de entrada para a cidade de Igarapé Miri) na Rodovia Estadual – PA 252.